Certas coisas são impossíveis de se desassociar. Pensou em Milão – pensou Duomo – pensou Galeria Vittorio Emanuelle. Simplesmente não tem como não lembrar dela!
Breve história da Galeria
Antes da construção da Galeria Vittorio Emanuelle, a Praça do Duomo se chamava Piazza dei Polli – Praça das Galinhas. Na época um lugar cheio de vendedores ambulantes, de vinho entre outros. Em 1838 o engenheiro Carlo Caimi, falou que o projeto, da área coberta com centro octagonal seria uma ótima forma de conectar o Duomo e a Praça San Fedele, que hoje só sobrou o nome da rua já que atualmente é a Piazza della Scala. Lá é possível admirar uma estátua do incrível do Leonardo Da Vinci, e matar a sede em uma das inúmeras [tooltip tip=”Julia diz: sim dá para beber e não acontece nada, sou prova viva disso “]fontes de água[/tooltip] potável
Em 1859 depois dos Austríacos se retirarem de Milão, para comemorar a nova fase, por decreto real foi autorizado um sorteio, onde qualquer um com um projeto para as redondezas do Duomo poderia se inscrever, mas a verba necessária para o sorteio não foi arrecadada. Por isso em 1862 o conselho da cidade decidiu abrir um concurso para o projeto da Galeria. Em 1863 chegaram aos finalistas e o projeto vencedor, hoje conhecido inclusive como cartão postal de Milão, foi a proposta de Giuseppe Mengoni. No começo da construção o projeto foi muito criticado, e até conquistar o coração dos Milaneses demorou um pouco, as críticas saíam até em charges nos jornais da época. Com o contrato da construção fechado com a fábrica Inglesa Cavaleiro Eugênio Francfort em 1864, em março de 1865 a pedra fundamental foi lançada. Nome dado Vittorio Emanuelle foi em homenagem ao Rei.
Construída em surpreendentes 822 dias, a arquitetura da galeria era tão inovadora que até Napoleão foi visitar as obras duas vezes! Mas apenas em 1877 que a galeria de fato ficou pronta com todos os seus detalhes e o lindo teto de vidro. Uma tragédia acabou marcando a inauguração final da galeria, na véspera o engenheiro do projeto Giuseppe Mengoni morreu quando caiu dos andaimes da obra, há quem diga que ele se matou devido as dívidas gigantescas que a obra causou. Enfim fica para a imaginação de cada um. Finalmente em 25 de fevereiro de 1878 a última parte da galeria, o arco de vidro que dá para o Duomo, foi descoberto.
Hoje em dia a “Sala de estar de Milão” é repleta de lojas finas (além dos tradicionais cafés): [tooltip tip=”Julia diz: vimos várias lojas pela cidade “]Prada[/tooltip], Louis Vuitton, Swarovski e até loja da Ferrari. Por mais que não possamos [tooltip tip=”Julia diz: eu nem me atrevi a ver um preço “]comprar[/tooltip] (quase) nada nessas lojas, vale a pena olhar as vitrines, eu particularmente adoro admirar o [tooltip tip=”Julia diz: arte de montar vitrines “]vitrinismo[/tooltip] de cada marca, principalmente em lugares chiques assim pois é aí que eles realmente investem $$ no visual, é muito bonito.
O chão é todo trabalhado com mosaicos, inclusive, na parte central da galeria é possível ver os brasões que representam as cidades que um dia foram capitais da Itália e reconhecer o famoso brasão da cidade de Turim. Como reconhecer? Fácil! Sempre tem uma grande aglomeração de pessoas em volta do brasão do touro sobre o fundo azul. Como bons turistas que somos não deixamos de girar com o calcanhar do pé direito em cima dos genitais do touro, dizem que trás boa sorte, e aumenta as chances de você voltar a Milão. Essa tradição é tão grande que o chão tem um buraco revestido com metal para os turistas girarem. Esse buraco deve ter sido resultado de anos de giros, e acredito eu, que em algum momento eles resolveram proteger o entorno com a parte do metal. Não sei se adianta muito… mas vale a intenção. Eu admito estar tão fascinada com a estrutura que acabei não fotografando muito o chão… mais um motivo para eu ter que voltar.
Ainda na parte central da galeria você pode admirar os lindos mosaicos quase no teto, que representam os 4 continentes (Europa, Ásia, África e América). Elas estão beeemm no alto, uma em cada esquina do cruzamento central da galeria, então se quiser apreciar nos mínimos detalhes, se aproprie momentaneamente de um dos binóculos que estão disponíveis na galeria. Achei eles meio desconfortáveis de usar mas deu para o gasto, ainda mais de graça hehe, de graça tudo é melhor e mais bonito hehehe.
A furada do dia – O terraço da Galeria Vittorio Emanuelle
Devido a compra que fiz para o passeio “Discover Ferrari & Pavarotti Land” ganhei entradas para o terraço da galeria. A entrada fica pela rua do lado de fora. Você pega um elevador que passa por um restaurante e chega em um corredor onde entrega seu ingresso e segue para subir algumas escadas e enfim chegar ao terraço. Então… é… pois é…
Não achamos nada de mais… se eu tivesse pago a entrada teria ficado muito chateada! Dá para ter uma vista legal da praça mas você só vê o cucuruto do Duomo, sinceramente uma grande furada. Deveria ter pago alguns euros e ter subido na cúpula do Duomo, teria sido mais interessante, sem sombra de dúvida. Só não foi totalmente ruim porque no corredor da entrada tem boa parte da história da Galeria e pude usar para escrever esse post hehehehe. Em resumo… não pague!
- Informações retiradas da exposição no terraço da Galeria Vittorio Emanuelle.
Perfeito tudo, Milão surpreendeu muito além das espectativas!
Milão foi uma grata surpresa! Esperamos voltar em breve com mais calma para fazer outros passeios. Tem vários “bate-volta” incríveis saindo de Milão.
Deu vontade de conhecer…. 😉
Você ia amar Sabrina. É puro glamour!
O telhado do Duomo é lindo! Mas tb não subi de primeira. Acho que só fui na minha última ida a Milão!
Lendo o post de vcs me deu uma vontade de voltar….
São lugares incríveis como esses que valem as viagens! Se voltar nos conte Isa! Sempre vale a pena!