Uma das mais famosas atrações de Roma sem dúvida é o grandioso Pantheon, localizado na Piazza della Rotonda foi construído por Marco Vipsanius Agrippa em 27 A.C, dedicado a protetora da família de Giulia. Infelizmente foi destruído em 80 D.C após um grande incêndio. Depois foi reconstruído entre 118 e 125 D.C. no reinado de Hadrian, que aproveitando a reforma rotacionou o templo 180º e abriu um grande pórtico na frente. Na sua fachada pode-se ler M. AGRIPPA L.F COS. TERTIUM FECIT ( Marcus Agrippa, filho de Lucius, consul pela 3ª vez, construiu isso ) deixando registrado para a história. Outra reforma feita no Pantheon foi no século 3 por Settimius Severus e por Caracalla.
A praça, Piazza della Rotonda, era um pouco diferente do que vemos hoje em dia, antigamente ela era repleta lojas e galpões já no século XIX, era famosa por ser um mercado de aves, flores, frutas, vegetais e barracas de bolo. A praça chegou a ser ameaçada de demolição durante do reinado de Napoleão mas felizmente esse plano não foi a frente. Tempos depois algumas das antigas construções foram colocadas abaixo para alarga-la. Ainda na praça uma fonte de 1575, criada por Giacomo Della Porta, compõe o lugar, em 1711 um obelisco Egyptian obelisk of Ramses II foi acrescentado para enriquecer a fonte.
Motivos para visitá-lo não faltam, além de ser uma construção grandiosa, ainda é uma das atrações gratuitas da cidade. Infelizmente ao que parece não por muito tempo, a partir de maio de 2018 a entrada do Pantheon será cobrada para ajudar com os custos de manutenção, singelos 2 euros. Acho que para apreciar um lugar tão incrível é um preço bem justo, principalmente se o valor for realmente convertido para a conservação do lugar.
Você se sente uma formiga ao se aproximar do Pantheon, primeiro por estar naquele bolo de turistas e curiosos e entram e saem em ritmo frenético, no segundo dia que fui estava tão cheio que tinha até fila indiana pra entrar e sair. Mas sem dúvida o principal motivo para o complexo de formiga é ao observar a grandiosidade do lugar. Podia passar horas admirando cada detalhe do grande salão circular.
Mas com tantas grandes construções em ruínas por Roma, como o Pantheon sobreviveu tantos anos tão bem conservado? Não quer dizer que o Patheon não sofreu “roubos”, vou falar disso mais pra frente. Em de 16 de março de 609 ( eu fico sempre chocada com essas datas envolvendo construções perfeitas até hoje ) o Papa Bonifácio IV converteu o templo pagão em uma igreja dedicada a Santa Maria ad Martyres. Essa “conversão” do templo foi uma das razões que permitiram ele ser preservado por tanto tempo e não acabar como tantos outros lugares, abandonado ou depredado.
O Pantheon é uma obra arquitetônica fora do comum. 16 enormes colunas Coríntias, formam a antecâmara (pronaos) seguindo o padrão dos templos romanos. As colunas são tão grandes que é comum você ver pessoas tirando fotos tentando abraçá-las ( não, eu não lembrei de fazer isso ). Já a parte interna do Pantheon, o salão circular é inspirado nas casas de banho.
Suas coloridas paredes são feitas de diferentes cores de mármore e é repleta de formas geométricas, tudo isso é apenas um “aperitivo” para seus olhos chegarem a magnífica cúpula.
A cúpula, que rouba todos os olhares ao entrar no salão é absurda de gigantesca com seus 43.30m de diâmetro e altura ( uma perfeita esfera caberia lá dentro). É o maior duomo de alvenaria do mundo, em segundo lugar fica o duomo da Igreja de São Pedro no Vaticano com 42m de diâmetro. O gigantismo da cúpula só é possível devido a genialidade de sua construção, conforme a cúpula se aproxima do topo ela se torna mais fina e construída com materiais mais leves. As 5 linhas de 28 “caixotes” que compõem a cúpula diminuem gradativamente até o topo.
A abertura no topo da cúpula ( óculo ) que mede 8,92m, ainda tem um pouco do bronze original, já que todo os 204kg de bronze que cobria o teto do pórtico foi retirado para fazer cerca de 80 canhões para o Castello Sant´Angelo. Através da abertura, luz e ventilação entram no templo, mas e a chuva? A chuva cai perfeitamente reta dentro do salão, mas não se preocupe que não inunda! Dois singelos buracos no chão que lembram uma máscara tratam de drenar a água empoçada, isso não quer dizer que não fique molhado hehehe.
7 capelas circundam o salão, alguns túmulos, como o do Rei Umberto I e sua esposa Margherita de Savoy. Já na tumba chamada de Virtuous of the Pantheon dois grandes assistentes de Raffaello estão enterrados, Perin del Vaga e Giulio Romano. Vittorio Emanuelle II, o primeiro Rei da Itália também está lá. Outros nichos complementam o salão, alguns são decorados com incríveis estátuas como St. Anastasius, St. Rasio e em um dos nichos há uma tumba onde os restos de Raffaello estão guardados.
Ainda hoje o Pantheon é uma igreja e celebra missas as quais você, se tiver interesse, pode participar ( no final do post tem mais informações ). Não tenho as fotos mais lindas do mundo do Pantheon, é difícil fotografar com pouca luz sem tremer ou borrar as imagens, e com aquele mar de gente passado, perdi algumas por conta disso. Mas espero ter conseguido passar um pouquinho do o que é conhecer o Pantheon, e ter inspirado vocês, queridos seguidores, a conhecê-lo.
Dica do Fora da Toca – Pantheon Roma
Lembrando que não tem como entrar para “turistar” nos horários das missas então é interessante dar um confere antes. Os horários estão na parte de informação abaixo.
Você pode pagar por um audioguia se tiver interesse, ou baixar o aplicativo gratuito ( tem para android e Iphone) ou ainda se preferir pode contratar uma visita guiada.
As informações de visita estão nesse link aqui
Já que você está no Pantheon que tal conhecer a Piazza Navona e a igreja de Santa Maria sopra Minerva?
Informações importantes – Pantheon Roma
Horário
9h às 18h
Dias fechado
1º de janeiro | 1º de maio | 25 de dezembro
Horário das missas
Feriados 10h30 am | Sábados: 5h pm
Entrada
Grátis ( até maio de 2018 ao que parece )
Endereço
Piazza della Rotonda, 00186 Roma RM, Itália
– Informações retiradas do livreto “ Walking from the Pantheon to Piazza Navona” e do site Pantheon Rome –
Show, fica o gostinho de quero mais.
Sempre maravilhoso conhecer esses lugares históricos!